19 de agosto de 2009

Pobreza


Brasil a caminho do pobre

A questão da pobreza não é de fácil solução. Ela envolve fatores políticos, sócios culturais e econômicos. A corrupção, o mau funcionamento da democracia, falta de oportunidades, exclusão social, falta de interesse da população em questões políticas e crise na economia são indícios que podem revelar um povo com fome, doente, sem emprego, sem estrutura de saneamento básico e com baixa esperança de vida. Muitas das conseqüências da pobreza são também causas da mesma criando o ciclo da pobreza, que quando instaurado cria uma situação de carência e somente a intervenção externa é capaz de alterar esse ciclo.

A realidade de muitas famílias que lutavam para sobreviver sem a perspectiva de um futuro promissor mudou desde que surgiu a atual crise econômica financeira. “Nunca na historia desse país” se vendeu tanto carro, se usou tanta internet e se tomou tanto iogurte na classe média. Segundo o Ipea em 1983 a cada dois brasileiros um se encaixava no critério de pobre, hoje é apenas um em cada quatro, apesar da crise financeira em todo o mundo a tendência é que o numero de pobres no país diminua cada vez mais. O estudo mostra que ainda existem 43 milhões de brasileiros com renda suficiente apenas para comprar comida ou nem isso.

Em outros tempos de crise, como o atual, a pobreza aumentou consideravelmente. Mais recentemente a crise do real em 1998 e 1999, por exemplo, teve avanço no número de pobres em 1,9 milhões. De 1982 a 1983 a estimativa do Ipea é que a quantidade de pobres expandiu-se em 7,7 milhões nas seis maiores regiões metropolitanas e, na crise de 1989 e 1990, o número de pobres teve incremento de 3,8 milhões de pessoas.

Com tantas evoluções o que falta para que a população brasileira tenha níveis de um país de primeiro mundo? Mesmo beneficiando famílias carentes, através de bolsas e rendas, não podemos esquecer que a melhor maneira de se conter um problema é prevenindo. Isso só pode ocorrer se o povo olhar a política com seriedade, e lutar por uma reformulação estrutural, onde os brasileiros não tenham somente um produto final, mas que o próprio cidadão faça o seu produto, gere sua renda e faça do governo não um apoio de renda, mas apenas um líder que gerencie os impostos para o bem da nação.


*Texto produzido por Olter Lin, Edvandro Ferreira e Izabela Souza

**Poucos tem a ideia dessa realidade, eu, talvez não tenha!