22 de agosto de 2009

20 anos Sem Raulzito


Dia 21 de agosto contempla-se a ausência de Raul Seixas.
Hoje Depois de um longo tempo resolvi postar no blog para falar justamente dessa figura Maravilhosa que infelizmente não é da minha geração,mas esta figura histórica me encantou com suas canções e com sua personalidade da qual era criticada.
Raul Seixas foi um cantor baiano que viveu durante 44 anos dedicando-se a música,poesia,arte e Filosofias.Por um longo periodo Raul seixas tentou se manter entre os nomes da musica popularr Brasileira,Tomado muitas vezes pela censura chegou a ser deportado para os Estados Unidos onde teve um dificil periodo,nesse periodo conheceu John Lennon grande ídolo de Raul seixas.
As ideias malucas de Raul,os grandes pensamentos e utopias eram cada vez mas real para ele,pois ele queria faze-la acontecer,e ele trabalhou um bocado para que seus ideais fossem colocado em pratica.
Raul Seixas era um grande filosofo pensador intelectual,mas ele não pensava sozinho,Paulo coelho acompanhou Raul Seixas durante um longo periodo em sua carreira e tambem exilado junto ao Raul Por terem Fortes ideais.
Tem tambem toda parte espiritual de Raulzito ele,que era um Guru Thelemita Hindu com o coração e o pensamento de Ateu,se dedicava Lendo Libers e livros sagrados,um deles Bhagavad-gitã,a bíblia Hindu Krishna que deu Origem a musica GITA,Raul gostava muito do esoterismo Físico e Mistico,sempre desafiou a morte mesmo quando era um do seus maiores medos.Raul Seixas se dizia louco ele era louco perante aos meus olhos,mas ele propõe a loucura de uma forma diferente,por que vivemos na loucura,como ele mesmo dizia: - E quando isso acabar o Maluco Sou eu...,A Terra era a Loucura de Raulzito,o Universo sua inspiração.
Onde quer que Raulzito esteja sei que esta feliz,por que ele deu um duro danado para mostrar quem somos e no final acabamos descobrindo que não somos nada.


Agora Vou deixar uma Poesia do Raul,uma das que mais me agrada!





NO ESPELHO

Às vezes quando me olho no espelho
Sinto medo. Medo de mim.
Eu não me conheço
Sou esquisito, sou humano
Uso óculos, como, bebo, fumo
Defeco
Mijo
Olho-me no espelho
E esse dá-me de volta quem sou.
Eu rio. Alto.

Assustado e engraçado
Duas longas coisas saindo do corpo:
São braços, pêlos, peles, nariz pontiagudo
Duas orelhas presas na cabeça
Olho os dedos.

Meus olhos me assustam
Falo, sinto emoções e tomo cerveja
Ridícula coisa ali em pé frente ao espelho
Eu me vejo de fora.
Faço abstração mental de que eu nunca vi
Um ser humano e me vejo.

É esquisito.
É realmente esquisito.

Procuro-me no espelho
E não me acho. Só vejo aquilo ali.
Parado. Um monte de carnes equilibradas
por ossos duros que me mantêm em pé.
Ali.
No espelho. Eu sei que não sou aquilo
E o que eu sou, o espelho não pode
me mostrar...

AINDA... eu não brilho...
Ainda...

(Raul Seixas)