25 de março de 2010

Resenha do texto e do documentário: A Janela da Alma

Esta resenha foi desenvolvida para disciplina de
Sociedade do Espetáculo e Cultura da Imagem, para a professora  Profª. M.Sc. Laura Fernanda Cimino.
Quando o olhar é apontado para alguma imagem se pode enxergar muito mais do que isso, são milhões de signos que entram e nossa visão, mas que não interpretamos. No pós-moderno com os aparelhos tecnológicos essa imagem pode ser guardada em uma imagem, que não é a vista, não é o objeto observado, mas um signo disto e, a partir daí, recriamos o mundo em uma porção de imagens.


O material produzido por aparatos tecnológicos é um produtor de cultura, a imagem é a própria cultura. Enquanto a natureza, também representada por imagens, se assemelha a cultura, sendo cultura e natureza a mesma coisa, signos.

Por este fato a comunicação cumpre função estética, o relacionamento dos homens com as imagens é vivenciado, sem importância de significado para as imagens que já estão arbitrárias. É importante que haja satisfação dos sentidos, por exemplo, um filme, não é importante que a história te faça pensar, que o roteirista deixa por subentendido, porém há uma necessidade que ele seja bem produzido visualmente e sonoramente para agradar o público.

O público acaba por ser dominado pelas imagens, que fazem o entretenimento em cima das sensações, porém não incentiva o cérebro. As imagens eram consideras significados do mundo, hoje com a imensidade de imagens, existe também uma imensidão de significados, que passam ocultos, mas que, podem ser alterados conforme a visão de quem interpreta, no pós-moderno, a tecnologia te da liberdade para alterar qualquer imagem.

Quem sou eu? Vivemos tentando descobrir isso, porém com na rede virtual, quando se cria um perfil, todos os signos atrelados a ele são de certa forma “eu”. O exemplo da caverna de Platão é muito interessante, pois as pessoas olhavam para dentro da caverna e viam sombras, que eles acreditavam ser a realidade, o mundo. E quando é dito que demoramos dois mil e quinhentos anos para entrarmos na caverna, vejo, as pessoas olhando para um perfil de rede social na internet e acreditando que a pessoa é aquilo. Que a realidade é a que está dentro do monitor, e se esquece do mundo lá fora.

Outro ponto interessante é a questão política. A política é composta da discussão de ideias, das melhores maneiras de melhorar para a população. No pós-moderno a força da imagem é tão grande que as ideias são postas de lados e, afinal são compartilhadas e cada um pode aproveitar o melhor da do outro, a disputa ocorre em cima da imagem, do marketing, da propaganda do candidato.

Sobre a arte, acontece o mesmo, quem diz o que é arte é a estética. Conforme o tempo se passou e a tecnologia se tornou presente o conceito de arte também se alterou. Quando criada a máquina fotográfica, os pintores não sabiam o que fazer, pois a arte deles era recriar a realidade, porém a realidade poderia ser recriada em um clique. Hoje a arte se assemelha a aparatos tecnológicos, porém ainda não foi entendido seu conceito, por isso dito que a arte está em crise, mas a crise é do conceito de arte, que mudou conforme o mundo é visto.